Catanduva: “dinheiro da cidade fica na cidade”
No interior paulista, Catanduva também está mobilizada para ver se consegue criar uma versão local do Cartão Educação.
No interior paulista, Catanduva também está mobilizada para ver se consegue criar uma versão local do Cartão Educação.
A capital de Minas Gerais pode ser a segunda grande cidade do Brasil a adotar o cartão educação em substituição ao kit de material escolar entregue a alunos da rede municipal. Caso venha a ser adotado em 2014, conforme prevê o grupo idealizador do projeto em Belo Horizonte, as papelarias e estabelecimentos credenciados terão vendas adicionais de pelo menos R$ 20 milhões.
A cidade de Serra, no Espírito Santo, tem uma particularidade no seu cartão educação: privilegia a continuidade do estudo ao longo de cada ciclo escolar. O cartão Bom na Escola entregue a todos os alunos da rede municipal de ensino incentiva o desenvolvimento escolar do estudante.
A substituição pelos governos do kit escolar pelo cartão magnético que permite a compra direta da lista de material começou tímida em cidades do interior paulista, mas já chegou à capital federal. A expectativa de entidades setoriais do setor de papelaria é que o modelo adotado no Distrito Federal expanda para todo o país.
Projeto 6.705/2009 de autoria do Senado Federal objetiva reduzir a tributação nos materiais escolares. O projeto segue em trâmite na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. A boa notícia é que o deputado André Moura deu parecer favorável no início de abril, liberando-o para votação na comissão.
Agudos, no interior paulista, aderiu ao Cartão Material Escolar da FACESP (Cartão Accredito). “A Secretaria da Educação ofereceu um crédito de R$ 50 para cada estudante da rede municipal de ensino e foram cadastradas cinco papelarias das cidade para participar do programa”, conta Ricardo Carrijo, lembrando que a Prefeitura ficou satisfeita com a movimentação econômica na cidade e já planeja novos valores para o segundo semestre de 2014. A participação da Associação Comercial de Agudos foi fundamental para que o Programa Cartão Material Escolar se concretizasse, beneficiando quase 4.000 estudantes.
Alunos da rede municipal de ensino de Salto (SP) receberam o Cartão Material Escolar (Accredito – FACESP) no fim de abril, com valores entre R$ 134 e R$ 198, dependendo da série em curso. A cidade de 105 mil habitantes é uma das mais recentes a adotar o programa que abandona o kit de material escolar e adota o cartão educação. São 6.900 alunos beneficiados, que podem comprar o material preferido em quase 20 papelarias cadastradas. O investimento chega a R$ 1,2 milhão.
A capital federal, Brasília, adota o Cartão de Material Escolar pelo segundo ano consecutivo, beneficiando 130 mil alunos com quase R$ 36 milhões repassados a 56 mil famílias, garantindo faturamento adicional a mais de 300 papelarias cadastradas.
A Revista Reval volta ao tema que mais tem motivado debates em inúmeras cidades do Brasil: a adoção do Cartão Educação para substituir a entrega de material escolar pelos prefeitos. O sistema que credita determinado valor num cartão entregue ao pai do aluno para comprar o próprio material escolar tem feito sucesso. Brasília-DF, Agudos-SP, Salto-SP são exemplos mais recentes de adesão à iniciativa.