Alunos da rede municipal de ensino de Salto (SP) receberam o Cartão Material Escolar (Accredito – FACESP) no fim de abril, com valores entre R$ 134 e R$ 198, dependendo da série em curso. A cidade de 105 mil habitantes é uma das mais recentes a adotar o programa que abandona o kit de material escolar e adota o cartão educação. São 6.900 alunos beneficiados, que podem comprar o material preferido em quase 20 papelarias cadastradas. O investimento chega a R$ 1,2 milhão.
O projeto foi aprovado pelo Legislativo e estabelece o repasse às famílias dos alunos matriculados na Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede pública. É creditado recurso para a compra de materiais escolares de acordo com suas necessidades e em estabelecimentos que o próprio estudante escolhe.
Quando da entrega do cartão, o prefeito de Salto, Juvenil Cirelli, destacou o incremento no comércio local. “A gente podia fazer licitação e comprar os materiais em grande quantidade. Mas a opção do cartão atende a uma sugestão da Associação Comercial e do comércio local e dará aos pais a chance de comprar o material que desejarem. Além disso, o dinheiro ficará na própria cidade, já que em licitação uma empresa de fora poderia ganhar.”
Volta às Aulas em maio – A Reval acompanhou de perto e repercutiu o programa de cartão para compra de material escolar em Salto. Paulo Bueno, coordenador de vendas na região, também avalia o sistema que vai injetar R$ 1,2 milhão na economia da cidade. “Esse é o caminho correto na distribuição de recursos pelas prefeituras à população, pois movimenta o comércio local, aumenta a arrecadação de impostos e atende a população, dando liberdade de compra para pais e estudantes.”
Cliente da Reval, Laelson Fernandes Teixeira é dono da Papelaria Rui Barbosa, uma das credenciadas na cidade. “Com esse novo procedimento os clientes podem vir até nossa papelaria e escolher diretamente o produto para seus filhos, visando sempre a entrega dos melhores produtos de acordo com a série do aluno. A aprovação da população e dos papeleiros é geral, pois com as vendas dentro do comércio local toda a população é beneficiada e os impostos gerados permanecem em benefício da cidade.”
Proprietária do Bazar Celani, Marli Ragno Antão, tomou a iniciativa em criar o cartão na cidade. Foi ela quem levou todo o material sobre o Cartão Educação (publicado em nossa revista anterior) ao assessor do prefeito. Ela está muito satisfeita com a implantação do cartão, pois o movimento na loja está “bem acima do normal para o mês de maio”. Segundo ela, a papelaria aumentou o faturamento, o que é atípico para o mês de maio. “Não estamos dando nem conta”, brinca, feliz por ver as crianças indo às compras e adquirindo o material preferido dentro de uma lista prévia de cada escola.
Cristiane Maria Rezende, da Papelaria Rezende, concorda com a colega de ramo e também vê um incremento nas vendas no mês de maio, um mês que não se encaixa no “Volta às Aulas”.
O representante da Reval na região, o RCA Santo Steca, disse que “a aceitação do cartão pelos nossos clientes foi 100% positiva”. Da mesma forma agradou o consumidor que recebeu o benefício. “Foram duas semanas de vendas muito boas em todas as lojas de nossos clientes credenciados. Com essa experiência tão positiva para o comercio local de produtos escolares, quero acreditar que em pouco tempo todas as cidades acabarão por adotar o cartão. É um sistema mais democrático e beneficia o comércio local e os alunos”. Na avaliação dele “nossos clientes estão finalmente voltando a ter um ótimo volta às aulas.”
Para o cliente Edson Aparecido Giatti, da Loja Disney, o cartão educação foi bem recebido tanto pelos lojistas como pelos pais dos alunos, “além de movimentar as lojas em um período que o comércio está parado”. Segundo ele, o resultado está sendo muito bom para todos, cria empregos no setor e aumenta a arrecadação de impostos. Ele já está ansioso pelo cartão de 2015.