Salto: Cartão 6.900 x 0 Licitação

Publicado por Gabriel Pascoli em

Prefeito Juvenil Cirelli entrega cartão escolar em Salto

Alunos da rede municipal de ensino de Salto (SP) receberam o Cartão Material Escolar (Accredito – FACESP) no fim de abril, com valores entre R$ 134 e R$ 198, dependendo da série em curso. A cidade de 105 mil habitantes é uma das mais recentes a adotar o programa que abandona o kit de material escolar e adota o cartão educação. São 6.900 alunos beneficiados, que podem comprar o material preferido em quase 20 papelarias cadastradas. O investimento chega a R$ 1,2 milhão.

Prefeito Juvenil Cirelli entrega cartão escolar em Salto

Prefeito Juvenil Cirelli entrega cartão escolar em Salto

O projeto foi aprovado pelo Legislativo e estabelece o repasse às famílias dos alunos matriculados na Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede pública. É creditado recurso para a compra de materiais escolares de acordo com suas necessidades e em estabelecimentos que o próprio estudante escolhe.

Quando da entrega do cartão, o prefeito de Salto, Juvenil Cirelli, destacou o incremento no comércio local. “A gente podia fazer licitação e comprar os materiais em grande quantidade. Mas a opção do cartão atende a uma sugestão da Associação Comercial e do comércio local e dará aos pais a chance de comprar o material que desejarem. Além disso, o dinheiro ficará na própria cidade, já que em licitação uma empresa de fora poderia ganhar.”

Volta às Aulas em maio – A Reval acompanhou de perto e repercutiu o programa de cartão para compra de material escolar em Salto. Paulo Bueno, coordenador de vendas na região, também avalia o sistema que vai injetar R$ 1,2 milhão na economia da cidade. “Esse é o caminho correto na distribuição de recursos pelas prefeituras à população, pois movimenta o comércio local, aumenta a arrecadação de impostos e atende a população, dando liberdade de compra para pais e estudantes.”

Cliente da Reval, Laelson Fernandes Teixeira é dono da Papelaria Rui Barbosa, uma das credenciadas na cidade. “Com esse novo procedimento os clientes podem vir até nossa papelaria e escolher diretamente o produto para seus filhos, visando sempre a entrega dos melhores produtos de acordo com a série do aluno. A aprovação da população e dos papeleiros é geral, pois com as vendas dentro do comércio local toda a população é beneficiada e os impostos gerados permanecem em benefício da cidade.”

Proprietária do Bazar Celani, Marli Ragno Antão, tomou a iniciativa em criar o cartão na cidade. Foi ela quem levou todo o material sobre o Cartão Educação (publicado em nossa revista anterior) ao assessor do prefeito. Ela está muito satisfeita com a implantação do cartão, pois o movimento na loja está “bem acima do normal para o mês de maio”. Segundo ela, a papelaria aumentou o faturamento, o que é atípico para o mês de maio. “Não estamos dando nem conta”, brinca, feliz por ver as crianças indo às compras e adquirindo o material preferido dentro de uma lista prévia de cada escola.

Cristiane Maria Rezende, da Papelaria Rezende, concorda com a colega de ramo e também vê um incremento nas vendas no mês de maio, um mês que não se encaixa no “Volta às Aulas”.

Cristiane Maria Rezende, da Papelaria Rezende

Cristiane Maria Rezende, da Papelaria Rezende

O representante da Reval na região, o RCA Santo Steca, disse que “a aceitação do cartão pelos nossos clientes foi 100% positiva”. Da mesma forma agradou o consumidor que recebeu o benefício. “Foram duas semanas de vendas muito boas em todas as lojas de nossos clientes credenciados. Com essa experiência tão positiva para o comercio local de produtos escolares, quero acreditar que em pouco tempo todas as cidades acabarão por adotar o cartão. É um sistema mais democrático e beneficia o comércio local e os alunos”. Na avaliação dele “nossos clientes estão finalmente voltando a ter um ótimo volta às aulas.”

Para o cliente Edson Aparecido Giatti, da Loja Disney, o cartão educação foi bem recebido tanto pelos lojistas como pelos pais dos alunos, “além de movimentar as lojas em um período que o comércio está parado”. Segundo ele, o resultado está sendo muito bom para todos, cria empregos no setor e aumenta a arrecadação de impostos. Ele já está ansioso pelo cartão de 2015.


Gabriel Pascoli

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