História da Canson®
Tudo se iniciou com a fundação do Moinho de Papel de Vidalon, na França, em 1557, mas foi em 1692 que a saga começou. Naquela data, os irmãos Montgolfier (Raymond e Michel) dirigiram-se a cidade de Ardèche para casarem-se com as duas filhas do proprietário do moinho de papel de Vidalon.
Esta dupla união marcou o início de uma era de prosperidade para os fabricantes de papéis da Ardèche, pois Raymond teve dezenove filhos, entre eles, Pierre, o primeiro patrão moderno da fábrica.
Os filhos de Pierre, Étienne e Joseph de Montgolfier, representaram duas figuras inesquecíveis da descendência. Décimo quinto filho da família, Étienne de Montgolfier empenhou-se em modernizar a fabricação do papel. Foi ele quem criou o primeiro papel velin francês em 1777.
Joseph e Etienne tornaram-se famosos com os primeiros vôos de balões propulsados com ar quente, balões estes chamados “montgolfières”. É por isso que o logotipo da Canson® é um balão.
Em 1798 a empresa passou para as mãos do genro de Étienne, Barthélémy Barou de la Lombardière de Canson. E as famílias Canson e Montgolfier juntaram-se para, em 1807, formarem a sociedade Canson® & Montgolfier. Em seguida, em 1809, Barthélémy de Canson desenvolveu as técnicas de fabricação dos papéis infalsificáveis e dos papéis coloridos e, assim o papel de Vidalon passou a chamar-se Canson.®
Ainda no início do século XIX, Barthélémy de Canson renunciou às incríveis receitas à base de alho e de cola de peixe, e conseguiu criar um papel vegetal a partir do cânhamo.
Em 1820, seu filho Étienne de Canson® revelou-se um inventor de gênios, além de ser um gestor de talentos. Em 1823, a primeira máquina de papel marcou o início da industrialização e a implantação de um sistema de organização social paternalista. Com isso, a indústria cresceu e possibilitou a abertura para as exportações em 1877, o que marcou a internacionalização da Canson®, transformando-a em Sociedade Anônima em 1881. Porém, os célebres patronímicos Canson® e Montgolfier não deixam de ser reconhecidos.
Antes de conhecer cada produto da Canson®, é importante conhecer as características fundamentais dos papéis artísticos:
Características visíveis dos papéis
Para o papel, gramatura significa o peso de uma folha de 1 m², expresso em gramas. Para filmes (transparências), espessura significa a distância entre as duas faces do suporte, expressa em microns.
Cor – Os papéis coloridos da Canson® são tingidos na massa e, por isso, não sofrem alteração de cor quando corrigidos e não aparecem bordas brancas ao serem cortados ou dobrados. A cor é homogênea em toda a sua superfície.
Textura – Papel sem textura é um papel liso; papel texturizado pode ser Vergê, com Marca de Feltro ou Gofrado.
Formatos – As folhas são cortadas em tamanhos predefinidos. Os mais comuns são A4 e A3.
- A0: 841 mm × 1189 mm
- A1: 594 mm × 841 mm
- A2: 420 mm × 594 mm
- A3: 297 mm × 420 mm
- A4: 210 mm × 297 mm
- A5: 148 mm × 210 mm
- A6: 105 mm × 148 mm
- A7: 74 mm × 105 mm
- A8: 52 mm × 74 mm
- A9: 37 mm × 52 mm
- A10: 26 mm × 37 mm
Características invisíveis dos papéis
Tipo de fibra – O papel pode ser fabricado com polpa de fibras de algodão, que são nobres e altamente duráveis, ou com fibras de madeira, que podem ser tratadas quimicamente para aumentar sua durabilidade.
Colagem – É um tratamento que o papel recebe para evitar total absorção da água. Um papel sem colagem é um papel absorvente (papel toalha).
pH – É o que mede a acidez do papel. A maioria dos papéis de uso são ácidos, o que acelera seu amarelamento e decomposição. A Canson® fabrica, em sua maioria, papéis com pH neutro (pH=7), garantindo maior durabilidade.
Estocagem do papel – Os papéis devem ser conservados em locais secos e com temperatura até 25º C. As folhas devem ser armazenadas em sentido horizontal, sem nenhum tipo de inclinação.
Conservação – Evite tocar a superfície do papel para não comprometer o resultado final do trabalho, principalmente os papéis para impressão. Papéis devem ser tratados com muito cuidado. Poeira, excesso de luz direta, variação brusca de temperatura, contato direto com colas, fitas e outros elementos podem agredir o papel e comprometer suas características originais.