Com o calendário de aulas em cenário incerto, grande parte das papelarias relatou baixa nas vendas. Como se manter no azul nesses tempos de instabilidade?

Marcus Teles é presidente da rede de Livrarias Leitura e diretor da ANL (Associação Nacional de Livrarias), da CBL (Câmara Brasileira do Livro) e da CML (Câmara Mineira do Livro).

Em entrevista para a Revista da Papelaria ele concedeu algumas dicas aos lojistas de como se manter no azul.

Confira abaixo as principais. 

Como se manter no azul em momentos de crise?

A área de papelaria preenche 40% do faturamento da rede Leitura.

Nos últimos anos, a Leitura abriu cerca de sete lojas por ano e fechou duas. Até o final de 2021, Teles prevê 92 lojas por todo o país.

Uma das dicas do empresário para conseguir se sair tão bem em uma crise é ter coragem de tomar decisões difíceis, se adaptar:

“Conseguimos nos manter no azul. Cuidamos do caixa, diminuímos as despesas, mantivemos as compras sob controle e tentamos manter o máximo de funcionários. Cerca de 10% das vendas das lojas foram mantidas por meio de vendas pela internet e telefone”, comenta.

Outro ponto enfatizado por Teles é que a venda de papelaria cresceu nos últimos anos mais do que as outras áreas, incluindo os livros.

Isso se deve muito porque todo mundo está experimentando fadiga digital, então estamos nos voltando para coisas tangíveis.

Temos mais tempo disponível do que nunca, estamos vivenciando momentos de autorreflexão e, para muitos, usar esse tempo para enviar um cartão ou carta, um item afetivo, parece a coisa certa a fazer.

“O cliente se encanta. Ele chega querendo comprar uma caneta normal, mas acaba levando também cinco marcadores de textos, caneta brush, e isso cresce o valor agregado. Esses produtos viraram quase que colecionáveis. Mesmo as papelarias pequenas precisam investir nesses itens melhores, precisam tentar trazer as novidades”, recomendou Teles.

Reavalie o que você pode fazer financeiramente

foto: criada por freepik

Outras dicas fornecidas por Marcus Teles tiveram o foco na reavaliação financeira do seu negócio:

  • Estabeleça os custos do imóvel, incluindo gastos com luz e condomínio, em 8% da média da papelaria;
  • Não tenha excesso de estoque, principalmente em produtos com personagens, pois há desvalorização rápida;
  • Planeje e negocie as compras com antecedência;
  • Separe de forma organizada o caixa da empresa e o caixa pessoal.

O empresário ainda aconselhou a manter a vigilância, tendo controle sobre as compras para garantir os custos baixos: “O melhor modo de fazer caixa nesses momentos de crise é baixar o estoque e renegociar com o fornecedor produtos parados para troca ou devolução”.

Em uma época como essa, todos precisamos dar um passo para trás para saber como se manter no azul, reavaliar uma série de coisas.

Estamos dispostos a sacrificar contribuições marginais para as pessoas serem empregadas? A resposta é unanimemente “SIM”. Isso significa que precisamos ser mais flexíveis na definição de preços de nossos serviços e buscar maneiras diferentes de fornecer soluções para os nossos clientes.

Talvez pudéssemos reduzir a duração dos contratos e os custos iniciais para novos clientes.

Talvez pudéssemos emitir alguns créditos de fatura no final do mês no espírito de parceria para clientes de longo prazo.

Precisamos ser criativos e nos apegar às possibilidades, como por exemplo apostar no e-commerce.

E-commerce

Vender pela internet não é tão simples. Para pequenas empresas que enfrentam as restrições do COVID-19, a perspectiva de construir uma presença de e-commerce bem-sucedida pode ser assustadora.

Antes da pandemia, muitas empresas menores estavam gerando apenas uma minoria das vendas de e-commerce.

As rápidas mudanças econômicas desencadeadas pelo coronavírus transformaram o modelo de negócio comum.

Com comunidades inteiras sendo bloqueadas e lojas não essenciais fechadas, as pequenas empresas se viram correndo para expandir sua presença online – ou, em alguns casos, criá-la da noite para o dia.

Marcus opinou sobre o papel dos e-commerces para o setor:

“Entendo que toda papelaria deve vender na internet, mas mantendo a empresa com a margem de lucro correta. Não adianta vender muito a preço de custo. O e-commerce, assim como a venda pelo Instagram e WhatsApp, deve ser um complemento. As lojas físicas não vão acabar nunca, a papelaria é sensorial, o consumidor quer escolher, pegar, ver de perto as opções”, defendeu.

Gostou das dicas do Marcus Teles sobre como se manter no azul?

Boas vendas!


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Gabriel Pascoli

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