Quanto dinheiro em espécie você carrega na carteira? Provavelmente sua resposta será um valor baixo, no máximo R$ 50, para compras pequenas e até por segurança, mas principalmente porque o pagamento com cartões já faz parte da sua rotina.

Em 2018 os brasileiros gastaram R$ 1,55 trilhão em compras com cartões, um crescimento de 14,5% em relação a 2017. Os cartões de crédito registraram R$ 965,5 bilhões, os cartões de débito R$ 578,1 bilhões e os cartões pré-pagos, R$ 11 bilhões, representando um volume total de 38,3% do consumo das famílias no quarto trimestre de 2018.

O Sudeste concentra o maior volume de pessoas que optam por pagar com cartão, com 60,5%, seguido de Sul, com 15,1%, Nordeste, com 13,1%, Centro-Oeste, com 7,7%, e Norte, com 3,5%. É como se, durante todo o ano de 2018, cada pessoa (levando em conta a população economicamente ativa) tivesse realizado 180 transações com cartão.

Se sua loja já conta com opção de pagamento com cartão de crédito e cartão de débito, é bem possível que ela esteja no meio dessas transações; mas se você insiste nas formas tradicionais, como dinheiro vivo, cheque, “caderninho” e crediário, cuidado, pois seu negócio está – MUITO! – atrás!

Pagamento com cartões é sinônimo de mais vendas

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A expectativa da ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) é que os pagamentos com cartão cresçam, em média, 16% em 2019, chegando a R$ 1,8 milhão e registrando uma participação recorde de 40% em relação ao volume do consumo das famílias brasileiras no quarto trimestre de 2019.

Até mesmo ambulantes contam com maquininhas de cartão para evitar perder vendas, mas algumas empresas e lojas tradicionais se recusam a oferecer a opção, seja por desconhecimento, por insegurança ou por falta de visão de negócios.

Os números falam por si e, mesmo em regiões onde a porcentagem é baixa, a tendência é um crescimento cada vez mais expressivo. No Norte, a alta foi a mais expressiva do período analisado, com 17,5% no volume de pagamentos com cartão de débito.

Cartão de débito e crédito como forma de pagamento representa mais lucros, mais segurança e maior controle no volume de vendas. Além disso, é uma forma de garantir que você receba o pagamento, já que a cobrança é automática.

Descontos e valor mínimo

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Uma das justificativas para não permitir o pagamento com cartão em pequenas compras ou não oferecer desconto na compra à vista é que a taxa cobrada pelas administradoras é alta e seria necessário aumentar os preços para compensar.

Essa desculpa fazia algum sentido até cerca de três anos atrás, mas hoje não faltam opções de maquininhas com taxas baixíssimas e que não cobram mensalidade ou aluguel. O desconto à vista no débito, portanto, é mais vantajoso do que dizer para o cliente que só aceita dinheiro vivo e esperar ele encontrar um caixa eletrônico – com o risco de desistir da compra no caminho.

Quanto a exigir um valor mínimo para pagar com cartão, saiba que essa prática é ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor, que dita que todas as compras devem ser tratadas com igualdade. A prática também induz a compra de mais itens para completar o valor mínimo, o que é considerado venda casada.

Aceitar pagamento com cartão deixou de ser diferencial, mas não oferecer a modalidade diminui muito suas chances frente a outros negócios. Caminhar contra o fluxo vai definir se seu comércio vai crescer, estagnar ou perder vendas, e mesmo os mais tradicionais devem repensar suas estratégias frente às novas tecnologias.


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Gabriel Pascoli

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