Ser Pai é, acima de tudo, não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e quando cheguem.
Ser Pai é aprender errando, a hora de falar e de calar.
É atentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois.
Ser Pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez.
É esperar.
É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser Pai é saber ir se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição.
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho.
É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho já trilha o seu próprio caminho.