A capital de Minas Gerais pode ser a segunda grande cidade do Brasil a adotar o cartão educação em substituição ao kit de material escolar entregue a alunos da rede municipal. Caso venha a ser adotado em 2014, conforme prevê o grupo idealizador do projeto em Belo Horizonte, as papelarias e estabelecimentos credenciados terão vendas adicionais de pelo menos R$ 20 milhões.

O vice-presidente de Micro e Pequenas Empresas da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, está mobilizado para que seja adotado o cartão em 2014. “O consumidor vai poder adquirir o produto que quiser”, diz ele. Em Belo Horizonte são cerca de 200 mil estudantes da rede municipal – cada um receberia “no mínimo R$ 100” no próximo ano letivo.

“Começamos a conversar com a Prefeitura. Estamos pesquisando dados, fomos a Brasília ver o projeto de lá, já que é a primeira cidade grande a adotar algo do tipo”, diz Gaspar. A capital mineira tem 2,5 milhões de habitantes e cerca de mil papelarias e estabelecimentos (micro e pequenas empresas) que poderiam vender diretamente o material escolar.

Repique estadual – Dono da Papelaria Brasilusa, com quatro lojas na cidade, Marcos Gaspar quer ir além com Cartão Educação. “A meta é replicar para o governo estadual, ampliando a abrangência”. Segundo ele, kits entregues hoje a estudantes “só têm porcaria”, o que obriga pais a comprarem novos produtos ao longo do ano para repor.

Gaspar falou que a Câmara de Papelaria do CDL/BH se espelhou em cidades do interior de São Paulo para propor o Cartão Educação. “Teve aceitação boa. As vantagens são maiores do que as desvantagens. O dinheiro fica no município, cria mais empregos, recolhe mais impostos.”

Em entrevista, quando apresentou o projeto na cidade, em abril deste ano, Gaspar disse que os milhões de reais a serem injetados na economia podem ser a salvação do segmento e dar uma nova vida aos papeleiros.


Gabriel Pascoli

Compre online Papelaria, Escritório, Informática, Brinquedo, Material de Consumo para empresas e mais. Tudo para sua empresa você encontra aqui!