Para Rubens Passos, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE), a melhor alternativa aos kits é o Cartão Material Escolar, que permite às famílias comprar diretamente nas papelarias de acordo com suas necessidades e em tempo hábil para o início das aulas. Além disso, evita possíveis fraudes nas licitações.
“Além do aumento da autoestima e rendimento escolar do aluno, o cartão facilita o acesso das famílias aos materiais de boa qualidade, descentraliza a renda ao estimular a geração e manutenção de empregos no comércio (micro e pequenas empresas/papelarias). Outro enorme ganho deste modelo é a economia dos governos com a eliminação de licitações mal executadas ou fraudulentas que ocorrem todos os anos pelo Brasil afora. A ABFIAE defende que todos os estados e municípios adotem este modelo”, explica Passos.
Atualmente, mais de 20 cidades, o Distrito Federal e o Maranhão já utilizam, com sucesso, o Cartão Material Escolar. “As cidades de Salto e Capivari também reeditaram os programas devido ao sucesso alcançado no ano passado. Houve um crescimento no número de estabelecimentos cadastrados e também ficou comprovada a importância do projeto para dinamizar a economia local e gerar novos empregos na rede cadastrada junto às Associações Comerciais”, ressalta Ricardo Carrijo, relações institucionais da Tilibra, empresa filiada à ABFIAE.
“Algumas cidades como Marília e Sorocaba tiveram leis aprovadas pelo Legislativo para criar o programa do cartão, mas ainda não efetivaram o projeto. Temos o registro ainda de outras cidades que aderiram ao cartão, como Franca/SP, Poços de Caldas e Formiga, ambas em MG.”
Ricardo Carrijo conta que o projeto está chegando a todo o Brasil. “O interesse mais recente é da cidade de Manaus, no Amazonas. Grupo de papelarias está se mobilizando para conhecer detalhes do funcionamento do projeto, inclusive com reunião na Associação Comercial daquela cidade.”