As entidades setoriais de papelaria não têm projeção oficial de quanto seria o fomento no varejo caso o Cartão Educação fosse adotado de forma maciça por prefeituras e governos estaduais. Mas os valores são significativos, segundo estimativa feita por Ricardo Carrijo, gerente de relações institucionais da Tilibra.

“Não temos como estimar com precisão o impacto disto. No caso do Estado de São Paulo, se fossem distribuídos cartões com o mesmo valor de Brasília teríamos uma injeção de mais de R$ 1 bilhão no mercado”, diz Carrijo, utilizando o per-capita pago na capital Federal.

O Distrito Federal injetou R$ 36 milhões para beneficiar 130 mil alunos com um tíquete médio superior a R$ 200,00 por aluno. “Parte desses recursos voltaria para os cofres do próprio governo através dos impostos que são pagos pela cadeia produtiva”, analisa.

Ricardo Carrijo diz que tem atendido inúmeros pedidos de agentes políticos interessados em saber o funcionamento do Cartão Educação. Uma mostra de que o esforço das entidades está obtendo avanços. Diversas cidades já adotaram o sistema e outras estão em fase de implementação. Isso sem contar Estados que também analisam o projeto.

Carrijo ressalta que “os kits prontos distribuídos diretamente pelos governos estaduais e muitas prefeituras têm provocado grandes prejuízos, em especial, para as pequenas e médias papelarias”. Dados de sindicatos do setor apontam para o fechamento de centenas de estabelecimentos, especialmente no Estado de São Paulo.

“O setor de papelaria é altamente sazonal. Quando chega o Volta às Aulas vem os kits gratuitos do governo que tiram do pequeno comerciante a oportunidade de vender”, lamenta Ricardo Carrijo. Para evitar isso, as entidades se esforçam em várias esferas governamentais “para convencê-las de que o Cartão Educação é a melhor solução”.


Gabriel Pascoli

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