Loja em Duque de Caxias é ponto de partida para criação de filiais especializadas sob o comando dos três filhos de Carmem Lúcia.

São muitas as histórias de sucesso dos clientes da Reval. Uma mais interessante do que a outra. Muitas vezes, lojinhas instaladas na porta de casa deram lugar a grandes estabelecimentos que são referência em suas cidades no setor de papelaria e agregados. Com o Bazar Camarda, de Duque de Caxias (RJ), a história é parecida, mas tem um viés importante para quem opta pelo varejo: o empreendedorismo.

O momento atual da rede, com cinco lojas especializadas, teve origem no início dos anos 90, época de crise e que exigiu uma árdua batalha de Carmem Lúcia Camarda e seus filhos. Recém-saída de um divórcio, Carmem trabalhou com os filhos e iniciou a trajetória de sucesso tendo a Reval como parceira – o distribuidor de papelaria, informática, brinquedos e armarinhos foi criado em 1993.

Carmem, 61 anos, começou sua trajetória profissional em 1970 numa fábrica de tecidos no bairro da Taquara, em Duque de Caxias (RJ). Lá conheceu o marido, Adão Carlos Gomes Vieira, seu parceiro de empreendedorismo até 1993 (veja texto). Mas foi a partir desse momento que o nome Camarda, adotado em 1988 nos empreendimentos anteriores, passou a fazer sucesso na fachada de prédios comerciais.

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Investimentos – Quando se divorciou, Carmem Lúcia tinha um mercado com o marido e ocorreu a partilha dos bens. Ela conta que teve de ir à luta. “Fiquei com três filhos. Para criá-los busquei forças em Deus. Com a divisão dos bens, meu ex-marido ficou com o mercado, dividimos também as mercadorias e fui recomeçar a minha vida.” Eis a origem do Bazar Camarda, com a loja no bairro Nova Campinas.

Após três anos trabalhando com os filhos a família abriu o Bazar Camarda 2 também em Duque de Caxias, com a administração da primeira filha, Fernanda Camarda Vieira, e do esposo, Odilon Pereira Pires.

“Com o passar dos anos ampliei a minha loja e construí mais três lojas ao lado da minha, por meio de um empréstimo no Banco do Brasil. Com as lojas alugadas comecei a pagar o empréstimo. Com o tempo o empréstimo foi quitado e com o dinheiro que sobrava construímos 10 salas e quatro apartamentos em cima das lojas”, revela Carmem Lúcia, mostrando que os anos de dificuldades serviram de experiência e ajudaram a torná-la uma investidora.

Atualmente, Fernanda e Odilon tem mais uma loja (Bazar Camarda 3) em Santa Cruz da Serra. Atua no ramo de papelaria, utilidades para o lar, presentes e brinquedos.

Allan Camarda, também filho de Carmem, e a esposa, Leiliane, têm uma loja (Camarda Festas) em Parque Paulista. Lá, o foco é em produtos para festas e descartáveis. A filha Evely administra a Camarda Casa Flor, loja em Santa Cruz da Serra que comercializa flores artificiais e decorações.

O Bazar Camarda, de Carmem Lúcia, está instalado em prédio de dois andares na Avenida 31 de Março, nº 140. Possui seis funcionários e comercializa cerca de 3 mil itens, incluindo armarinhos, bazar, papelaria, utilidades, decorações, brinquedos e artigos para bebê. “O segmento mais forte é papelaria”, informa Carmem.

Segundo a matriarca da família, os filhos se envolveram cedo nos negócios. Fernanda, por exemplo, que hoje tem 39 anos, já colaborava desde os 13. Allan entrou no “ramo” aos 10 anos, ou seja, 26 anos atrás. A caçula Evely, de 26 anos, só começou nos negócios aos 25 anos de idade, após concluir duas faculdades.

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Sorteio de brindes a clientes

O Bazar Camarda se diversificou e tem na Reval a parceira para ampliação do mix disponível aos consumidores. “A Reval possui um mix muito grande com bons preços, sem falar na agilidade da entrega”, diz Carmem Lúcia, destacando que o crescimento do bazar contou com o distribuidor número 1 do Brasil no setor.

Carmem disse que investe no atendimento como diferencial do Bazar Camarda perante a concorrência. Segundo ela, outro ponto que ajuda a promover a loja é o sorteio de brindes nas datas comemorativas, como forma de estimular as vendas.

 

Erros e acertos no varejo

Carmem Lúcia Camarda, 61 anos, começou a trabalhar em 1970 na fábrica de tecidos Nova América, no bairro da Taquara, em Duque de Caxias (RJ). Lá ela conheceu Adão Carlos Gomes Vieira, que viria a ser marido e parceiro nos negócios.

“Trabalhamos nessa fábrica por cerca de quatro anos e me casei em 1974. Com o dinheiro da indenização, alugamos um imóvel e montamos uma mercearia no bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, onde também morávamos na época”, relembra Carmem. Lá, em 1975, nasceu a filha Fernanda, e, em 1978, o filho Allan.

Com o tempo a família fez economias e comprou um terreno no mesmo bairro, onde construiu um mercado, local de trabalho entre 1979 e 1987. Naquele ano, a família passou o ponto, comprou um sítio e investiu no aluguel de um ponto em Piabetá, no município de Magé. A família passava a atuar no ramo de lanchonete, experiência que durou quatro anos.

“Nessa lanchonete trabalhávamos muito e era muito cansativo. Eu ficava na cozinha e meu esposo trabalhava no balcão com mais três garçons. Na época foi muito difícil, pois o País passava por uma crise na gestão do presidente José Sarney”, diz Carmem, falando que deu nova guinada nos negócios ao vender a lanchonete.

Com os recursos, comprou um amplo terreno onde foi instalado um mercado e onde está o Bazar Camarda. “Sem dinheiro para comprar mercadoria e fazer a montagem da loja, meu esposo foi trabalhar de motorista em um mercado de um amigo. A situação ficou tão difícil que tivemos que vender o sítio para comprar mercadorias e montar a loja. Era 1988, quando nasceu a Evely”, conta. Cinco anos depois, o divórcio e nova mudança de vida, esta dando origem ao crescimento dos negócios Camarda.

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Duque de Caxias

duquedecaxias_brasaoDuque de Caxias é um município do Rio de Janeiro, integrante da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, situado na região da Baixada Fluminense.

Sua população em 2013 foi estimada em 873.921 habitantes, figurando como o terceiro município mais populoso do Estado, depois da capital e de São Gonçalo, e o mais populoso da Baixada Fluminense, além de ser o décimo oitavo município do país com mais habitantes.

O nome da cidade homenageia o patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, também chamado de O Pacificador, nascido na região em 1803.

Em 14 de março de 1931 foi criado o Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti, pertencente ao então município de Nova Iguaçu. Em 31 de dezembro de 1943 elevou-se à categoria de município, recebendo o nome de Duque de Caxias. Com a emancipação, o município recebeu grande incentivo em sua economia. As eleições em Duque de Caxias foram suspensas em 1968, após decreto que fez do município Área de Segurança Nacional pelo regime militar. A autonomia só veio em 1985, podendo eleger os prefeitos desde então.

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Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, em Duque de Caxias, RJ


Gabriel Pascoli

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