Ao fim de cada ano, é comum que empresários, publicitários, economistas e outros profissionais façam um balanço dos meses que passaram e façam previsões para o ano que vai começar.

No fim de 2019 não foi diferente, e um artigo publicado no Linkedin por Isabelle Roughol lançou temas importantes que deram às caras durante o ano e, provavelmente, chegariam com mais força em 2020.

O que ninguém esperava é que uma pandemia abalasse todo o cenário, jogando por terra muitas das expectativas. Com o Brasil todo em quarentena e previsões pouco positivas para a economia, pequenos e médios empresários estão aos poucos tentando decidir o que fazer em tempos tão desafiadores.

Mas o artigo de Roughol não deve ser descartado, pois traz reflexões que encaixam perfeitamente com o momento que vivemos, o que é uma bela coincidência, pois quando foi escrito ainda não havia casos registrados de Covid-19.

Selecionamos os principais insights que foram previstos e que, em tempos de instabilidade, nos fazem pensar para que as coisas voltem melhores do que antes.

Ideias que mudarão o mundo

O artigo é intitulado 20 Big Ideas that will change your world in 2020 (As 20 grandes ideias que mudarão o mundo em 2020), e tomamos a liberdade de selecionar as que mais interessam nesse momento, além de trocar “ideias” por “reflexões” por entender que cada pessoa deve tirar o melhor daquilo que vai ler.

1. Mudança na relação com o trabalho

foto: criada por freepik

A geração Z e os millennials já vinham falando sobre a importância da flexibilização de horários, mas a quarentena forçou muitas empresas a adotar novas medidas para manter a segurança dos seus colaboradores.

O home office foi a solução para milhares de empresas, além do revezamento da equipe em turnos, redução da jornada de trabalho e equipe reduzida para evitar aglomerações. As medidas foram tomadas às pressas, por isso ainda patinam em alguns pontos, mas têm funcionado na maioria dos casos.

Antes da quarentena ficou famoso o caso da Microsoft, que diminuiu a semana para 4 dias de trabalho ao invés de 5 no Japão e viu um aumento na produtividade e satisfação dos colaboradores, que tinham mais foco nas tarefas e procrastinavam menos.

Outro ponto importante é a busca por uma relação mais saudável com o trabalho. Por muito tempo o indivíduo era definido pelo que fazia, e não pelo que era, e a vida profissional chegava a passar por cima da vida pessoal.

A geração atual está mais preocupada com as experiências, e não em dedicar anos e anos à uma empresa que, a qualquer momento, pode dispensá-la.

Salários altos não são mais importantes que qualidade de vida, e promoções não valem a pena se não houver satisfação naquilo que faz.

Para os empresários, é o momento de pensar no que tem oferecido para seus colaboradores. Seus funcionários se sentem assistidos ou pressionados a produzir ainda mais? De que forma isso impacta o desempenho da equipe? Como você pode tornar a jornada de trabalho mais leve e a relação com a empresa, mais saudável?

Muitas vezes, as empresas focam tanto em vendas e fidelização de clientes que esquecem de pensar em suas equipes. Aproveite o momento para ouvir seu time!

2. Saúde mental importa

foto: criada por freepik

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a depressão e a ansiedade custam 1 trilhão de dólares a cada ano para a economia global.

A insatisfação com o trabalho é um dos principais fatores que levam a essas doenças, e muitos empregadores se negam a enxergar o problema e pensar em soluções, o que é uma pena, pois isso também leva ao desperdício de grandes talentos para a empresa.

Um ambiente profissional abusivo, tóxico e desmotivador é o suficiente para levar funcionários depressivos ao afastamento e até demissão.

Contar com um plano de promoção à saúde mental é necessário, além de oferecer apoio psicológico profissional e abertura para que os colaboradores se sintam à vontade para falar sobre suas dificuldades sem sofrer retaliações.

Muitos profissionais estão inseguros e ansiosos com seu futuro devido à pandemia de coronavírus. Como sua empresa está lidando com isso?

3. A qualificação deve ser constante

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O profissional que deseja se manter em alta deve se realizar qualificações constantes. Segundo Jason Wingard, reitor da Escola de Estudos Profissionais da Universidade de Columbia, existem três hipóteses: os trabalhadores devem cuidar da própria qualificação; as empresas devem investir para manter seus talentos atualizados; e os governos devem assumir essa responsabilidade.

Já falamos diversas vezes sobre a importância de investir na qualificação da sua equipe. Nesse momento, diversos cursos onlines estão disponíveis de graça ou a preços baixíssimos para incentivar as pessoas a ficar em casa.

Aproveite e ofereça para seus colaboradores, principalmente se sua empresa está de portas fechadas.

4. Capacidade de manter o foco

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Um estudo da plataforma Udemy mostrou que dois terços dos profissionais admitiram dar uma olhadinha no celular por pelo menos uma hora durante o expediente. Isso tem um custo alto para a empresa em termos de produtividade, e para o funcionário em termos de criatividade e foco.

É claro que não se pode viver uma ditadura dentro da empresa, mas se você percebe que seus funcionários pegam o celular muitas vezes ao dia é hora de agir.

Quem tem mais capacidade de controlar a atenção, evitar a procrastinação e seguir o planejado para o dia ganha pontos em um mundo onde as distrações são cada vez maiores.

Uma conversa franca, apontando o quanto esse comportamento é danoso para todas as partes, é uma forma de jogar limpo com seus funcionários e mostrar que esse compromisso é de todos – afinal, todos estão sujeitos a gastar minutos preciosos rolando o feed do Instagram.

5. Neurociência como aliada das empresas

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Gatilhos mentais vêm sendo usado nos últimos anos para melhorar a imagem das empresas, aumentar as vendas e incentivar o consumo de produtos e serviços.

Grandes corporações usam essas técnicas há anos, como a Amazon, ao oferecer experiência de compra personalizada, e a Apple e Samsung, que investem na narrativa da novidade para aumentar a legião de fãs antes do início das vendas dos produtos.

A tendência é que essas técnicas sejam, agora, usadas por pequenos e médios negócios interessados em impactar seus clientes.

Para isso, é necessário avaliar quais gatilhos funcionam para cada público-alvo e investir no entendimento sobre o cérebro humano, deixando os dados de lado (pelo menos um pouco) para priorizar o fator humano.

6. Aumento da preocupação com meio ambiente

foto: criada por freepik

Você sabia que, nessa década, 184 países precisam cumprir os compromissos de redução de emissões que assumiram 5 anos atrás?

Essas promessas, inclusive, não estão sendo cumpridas, e a pressão para que as empresas, instituições e chefes de estado tomem atitudes sustentáveis para preservação do meio ambiente está cada vez maior.

Se você faz parte dos que acreditam que não adianta fazer sua parte se o governo não faz a dele, está mais do que ultrapassado e seus negócios vão sentir!

Hoje o consumidor é muito mais exigente quanto aos valores da marca, e na hora de gastar seu suado dinheirinho (principalmente durante uma recessão) a maioria olha com bons olhos as empresas com atitudes sustentáveis.

7. Empresas Zebra: já ouviu falar?

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Segundo Jennifer Brandel, fundadora e CEO da consultoria Hearken, as Zebras são startups dedicadas a resolver problemas do mundo real, criando negócios sustentáveis e lucrativos que crescem em um ritmo saudável e gerenciável.

São baseadas em valores que vão além de ganhar muito dinheiro de forma rápida, com foco em realmente fazer a diferença.

Os empreendedores são, em sua maioria, mulheres e membros de minorias que ficaram de fora do modelo de capital de risco por anos e agora buscam vender seu peixe sem promessas irreais – diferente do que as startups unicórnios vinham fazendo, com grandes investimentos e promessas grandiosas que, muitas vezes, viravam pó.

A preocupação das zebras é gerar lucro e melhorar a sociedade, tendo como ponto de partida a sustentabilidade social, econômica e ambiental.

Questões como inclusão, preocupação com o coletivo e crescimento em médio e longo prazo fazem parte dessas empresas.

Você tem alguma reflexão que acredita que será útil? Compartilhe conosco!


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Gabriel Pascoli

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